Rabino casado é preso acusado de usar aplicativos de paquera e cometer estupros

No final de agosto, a polícia israelense prendeu um rabino casado e pai de dois filhos em Jerusalém, acusado de usar aplicativos de namoro, como o Tinder e Bumble, para enganar várias mulheres e cometer estupros.

O indivíduo em questão, Yosef Mordechai Paryzer, de 35 anos e residente no Brooklyn, Nova York (EUA), usava o pseudônimo Jake Segal para atrair mulheres em relacionamentos sexuais. Ele alegava ser solteiro, dividir um apartamento com colegas de quarto e trabalhar para uma organização sem fins lucrativos que treinava cães guias para pessoas cegas.

No entanto, a realidade era bem diferente. Paryzer era, na verdade, um professor em uma yeshiva, uma instituição de estudo de textos religiosos tradicionais, como o Talmud e a Torá. Além disso, ele era casado e tinha dois filhos pequenos.

Duas mulheres apresentaram queixas de estupro às autoridades israelenses, o que levou à prisão de Paryzer na semana passada. Após sua prisão, as autoridades entrevistaram outras 18 mulheres que alegam terem sido vítimas do rabino.

Uma das vítimas, que preferiu não revelar sua identidade por razões legais, descreveu como ela e Paryzer tiveram conversas profundas em locais públicos, e como eles gradualmente desenvolveram um relacionamento íntimo ao longo do tempo. No entanto, quando ela foi ao suposto apartamento de Paryzer para se desculpar após uma briga, não encontrou ninguém com o nome dele lá. Ela só descobriu a verdade quando rastreou duas mulheres que ele seguia no Instagram, uma das quais estava em um relacionamento com ele e a outra informou que tinham terminado.

Algumas das mulheres decidiram confrontar Paryzer juntas, convidando-o para um apartamento sob falsos pretextos. Lá, todas confrontaram o rabino, que admitiu ter tido relacionamentos com todas elas, mas ainda não revelou sua verdadeira identidade, alegando estar “deprimido e perdido”.

O grupo de mulheres afirmou nas redes sociais que o sexo consensual obtido por meio de falsidade de identidade é legalmente considerado estupro, de acordo com o código penal israelense, que inclui a modalidade de estupro por falsidade. O advogado de Paryzer, no entanto, argumentou que suas ações foram imorais, mas não criminosas.

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