Brasil pode ter vacina contra Crack e Cocaína
Três vacinas contra crack e cocaína estão prestes a ser testadas em humanos após apresentarem sucesso em animais, de acordo com um estudo recente. Essas vacinas têm como objetivo ensinar o sistema imunológico a neutralizar essas drogas, representando uma nova abordagem no combate ao vício.
As três vacinas funcionam de maneiras diferentes, sendo duas delas injetáveis e uma inalável. A pioneira é a dAd5GNE, desenvolvida por cientistas da Universidade Cornell, nos EUA. Ela utiliza um vetor viral acoplado a uma molécula semelhante à cocaína, e já mostrou eficácia em testes com ratos e macacos.
A segunda vacina, de origem brasileira, tem como foco gestantes viciadas em cocaína, visando reduzir os danos causados pela droga durante a gravidez. Ela utiliza a proteína GNE acoplada a outra proteína extraída de um molusco, e já apresentou resultados promissores em testes com ratas grávidas.
A terceira vacina, desenvolvida pela Universidade Duke, nos EUA, é inalável e tem como objetivo neutralizar a cocaína nas vias aéreas antes mesmo de entrar na corrente sanguínea. Ainda não há previsão para testes em humanos.
Essas vacinas representam uma esperança para combater o vício em cocaína e crack, fornecendo uma nova abordagem terapêutica. No entanto, ainda há desafios a serem superados, como recrutar voluntários para os estudos clínicos e garantir o acesso às substâncias necessárias para a fabricação das vacinas.
Os resultados desses estudos demonstram avanços significativos na busca por soluções inovadoras no combate ao vício em drogas. A vacinação contra o crack e a cocaína pode representar um novo caminho para ajudar pessoas que sofrem com o vício a alcançarem a recuperação.
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