O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), esclareceu sua declaração durante o 59° Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília, afirmando que não teve a intenção de ofender os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma nota divulgada à imprensa, Barroso afirmou que respeita todos os eleitores e políticos, independentemente de suas visões políticas.

Barroso explicou que, ao mencionar “derrotamos o bolsonarismo”, estava se referindo ao extremismo golpista e violento manifestado em janeiro, que representa apenas uma minoria. Ele deixou claro que não pretendia ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que ele considera perfeitamente legítima. O ministro reforçou seu respeito por todos os eleitores e políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas.

No congresso, Barroso participou de um ato em defesa da democracia e contra o discurso de ódio no país. Durante seu discurso, ele foi vaiado por um grupo de estudantes, mas afirmou que a manifestação faz parte da democracia e respondeu às acusações. Barroso destacou sua trajetória no movimento estudantil, seu enfrentamento à ditadura e ao bolsonarismo, além de mencionar que garantiu recursos para a enfermagem ao suspender o pagamento do piso nacional dos enfermeiros no ano passado.

O STF também divulgou uma nota para esclarecer as declarações do ministro. Após as declarações de Barroso, parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro anunciaram nas redes sociais que pretendem protocolar um pedido de impeachment do ministro no Senado.