A Holanda está seguindo a tendência de proibir o uso de celulares, tablets e smartwatches nas salas de aula a partir de 1º de janeiro de 2024. Esses dispositivos só serão permitidos em casos excepcionais, como para aulas voltadas para habilidades digitais ou para pessoas com deficiência.

O ministro da Educação holandês destacou estudos que indicam que limitar o tempo de tela melhora a concentração dos alunos e ressaltou que, embora os celulares estejam presentes em nossas vidas, eles não têm lugar nas salas de aula.

Essa decisão segue iniciativas semelhantes adotadas pela França e pela Finlândia. Na Alemanha, apenas o estado da Baviera formalmente proibiu o uso de celulares nas escolas. No Brasil, embora não haja uma proibição desse tipo, o país lidera o ranking global de uso de celular entre jovens, com 95% dos pré-adolescentes e adolescentes utilizando esses dispositivos desde cedo.

O hábito de assistir a vídeos completos pelo celular é 20% mais frequente nas crianças brasileiras em comparação com outros países, enquanto os jogos e aulas online estão acima das médias globais. Esses números têm gerado preocupação entre os pais brasileiros, com 71% afirmando estar preocupados com o tempo que seus filhos passam nos dispositivos, sendo que 39% estão “muito preocupados”. Em contrapartida, no Reino Unido, apenas 11% dos pais se dizem muito preocupados com essa questão.