Nascimentos prematuros aumentaram, segundo OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório preocupante nesta semana sobre os números de nascimentos prematuros registrados no mundo. De acordo com o documento, entre 2010 e 2020, houve o registro de 152 milhões de partos de bebês prematuros. Infelizmente, essas taxas não melhoraram em nenhuma região do planeta.


Essa informação é preocupante porque, atualmente, o nascimento prematuro é a principal causa de mortes infantis, representando um em cada cinco óbitos antes dos cinco anos de idade. O relatório da OMS alerta que existe uma “emergência silenciosa” desses nascimentos antes da hora, que impede o progresso na melhoria da saúde das crianças.


Em países de baixa renda, apenas 1 em cada 10 bebês extremamente prematuros, com menos de 28 semanas, sobrevive. Enquanto em países de alta renda, a taxa de sobrevivência é de mais de 9 em cada 10.


As regiões com as taxas mais altas de partos prematuros são o sul da Ásia e a África Subsaariana, juntas, responsáveis por mais de 65% dos nascimentos prematuros no mundo. Além disso, o relatório da OMS destaca que mudanças climáticas e danos ambientais estão aumentando o risco para mulheres e bebês. A poluição do ar, por exemplo, estima-se que contribui para seis milhões de nascimentos precoces a cada ano.


A OMS destaca que são necessárias políticas públicas que invistam em pré-natal de qualidade, diagnóstico e tratamento de infecções maternas, além de outras medidas de prevenção para reduzir o número de nascimentos prematuros. O relatório é um alerta para que governos e sociedade trabalhem em conjunto para garantir a saúde e o bem-estar das crianças em todo o mundo.

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