De acordo com um recente relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 18% da população adulta global, o que equivale a 1 em cada 6 pessoas, sofre de infertilidade. Essa condição é caracterizada pela incapacidade do sistema reprodutor masculino ou feminino de conseguir uma gravidez após 12 meses ou mais de relações sexuais sem o uso de preservativo. A infertilidade pode afetar indivíduos de todas as classes sociais, faixas etárias e países, sendo considerada um problema mundial.

Apesar da dimensão do problema, a OMS alerta que as soluções para prevenção, diagnóstico e tratamento da infertilidade ainda permanecem inacessíveis para a maioria da população. Isso demonstra a necessidade de se investir em pesquisas e políticas de saúde para garantir que essa questão não seja mais negligenciada.

Dentre as causas para o aumento da infertilidade, destacam-se fatores genéticos, idade materna avançada, sedentarismo, tabagismo, uso de álcool e drogas, bem como o aumento dos índices de sobrepeso. É importante destacar que esses fatores podem afetar tanto homens quanto mulheres, prejudicando a capacidade reprodutiva.

As taxas de infertilidade foram bem próximas nos países de renda alta, média e baixa, o que mostra que o problema é global. Nos países mais ricos, a média de infertilidade foi de 17,8%, e nos mais pobres, de 16,5%. No Brasil, os tratamentos de reprodução assistida são caros e não fazem parte do rol da Agência Nacional de Saúde, ou seja, não são cobertos pela maioria dos planos de saúde.

Diante desse cenário, é fundamental que sejam desenvolvidas políticas públicas e estratégias de saúde que contemplem a prevenção e o tratamento da infertilidade em todas as regiões do mundo, assegurando a disponibilidade de tratamentos acessíveis e eficazes para todas as pessoas que necessitam. A infertilidade é uma questão que merece atenção e investimentos por parte dos governos e das organizações de saúde, a fim de melhorar a qualidade de vida e bem-estar da população mundial.