O agropecuarista Victor Priori, um dos barões do agronegócio em Goiás, é um dos principais apoiadores e financiadores dos movimentos anti-democráticos, iniciados após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições para presidente. O nome de Priori consta de uma das listas encaminhadas ao ministro do STF, Alexandre de Morais.

A ação de Priori se concentrou principalmente no berço do agronegócio do estado, especialmente nos municípios de Jataí e Rio Verde, onde ele mantém seus negócios. Nas duas cidades, as principais BRs ficaram interditadas por quatro dias e até hoje dezenas de pessoas montam vigília em frente ao quartel do Exército, em Jataí.

Durante todo o dia, carros de som desfilam pela cidade convocando “aqueles que são contra a ideologia demoníaca” que venceu as eleições para se mobilizar por uma intervenção militar. A convocação vem acompanhada por um chamado para manter a vigília em frente ao quartel.

Além de agropecuarista, Priori, que não esconde o apoio dado ao movimento, já se aventurou também na politica. Ele disputou mandato de deputado estadual uma vez e de prefeito de Jataí duas vezes. Nas três ocasiões, saiu derrotado. O nome de Victor Priori chegou ao STF, junto a dezenas de outros nomes Brasil afora, depois que a Corte exigiu que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) entregasse as identificações dos apoiadores e financiadores dos movimentos golpistas ligados ao presidente Jair Bolsonaro. Em Brasília, a informação é de que o Supremo irá solicitar à Polícia Federal abertura de inquérito contra os apoiadores dos movimentos.