Starlink na Amazônia: entenda o que Musk veio fazer no Brasil

Empresário sul-africano está no país para se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro, políticos e empresários

O empresário sul-africano Elon Musk está no Brasil para se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro, políticos e empresários. Até o momento, foi anunciada parceria com a Starlink, empresa que faz parte da SpaceX (companhia espacial) e oferece internet banda larga via satélite.

Essa estrutura, segundo Elon Musk, será usada para monitorar a floresta amazônica e oferecer internet para 19 mil escolas em áreas rurais.

Em comunicado de imprensa, o Ministério das Comunicações confirmou a informação, dizendo que será usada “tecnologia avançada para a preservação da floresta amazônica, com monitoramento de desmatamentos e incêndios ilegais”.

Ainda não há detalhes de como isso vai funcionar, dado que até o momento a Starlink promove acesso a internet via satélite, e a SpaceX faz voo espaciais. Nem mesmo os valores desse acordo foram divulgados — a Starlink vende serviços majoritariamente para clientes convencionais, não para governos.

Hoje pela manhã, Musk tuitou que “estava animado por estar no Brasil” para “lançar a Starlink”.

Segundo o mapa de cobertura da Starlink, a região Norte ainda não tem acesso à internet fornecida pelos seus satélites. Isso pode ser alterado, dado que a empresa de Elon Musk constantemente tem feito lançamentos de novos satélites.

Internet no norte do Brasil
A região Norte tem falta de infraestrutura de telecomunicações. O governo do Brasil, inclusive, tem um programa chamado Norte Conectado, que tenta melhorar a infraestrutura para aumentar o acesso à internet nessa área do Brasil.

Dentre as iniciativas estão a implantação de fibra óptica subfluvial (que inclusive é uma das contrapartidas do leilão do 5G realizado no Brasil).

O papel da Starlink, neste caso, seria auxiliar a expandir a conexão no Amazonas e região, dado que a fibra óptica subfluvial deve ser implementada aos poucos.

Starlink atua no Brasil desde fevereiro A Starlink começou a fornecer serviço para usuários brasileiros em fevereiro, após liberação da Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações).

Na época, a estimativa de gastos para um ano de Starlink no Brasil — incluindo hardware, serviço, impostos e frete — era de R$ 11 mil — um preço salgado para a maioria das pessoas.

Um dos diferenciais da companhia é fornecer internet por meio de uma constelação de pequenos satélites de baixa órbita, que circulam ao redor daa Terra a uma distância de cerca de 550 km —em contraposição, satélites geoestacionários ficam a uma altitude de 35 mil km.

Como resultado, a empresa consegue velocidades na casa dos 100 Mbps (megabits por segundo), enquanto empresas de satélite estacionário tem velocidade na casa dos 20 Mbps, segundo levantamento da Ookla, desenvolvedora do app Speedtest, que mede velocidade de internet em diversas partes do mundo.

A empresa de Musk, no entanto, é alvo de críticas, pois observações astronômicas ficam prejudicadas diante do grande volume de satélites em órbtia. Tem até especialistas que dizem que os equipamentos da Starlink podem prejudicar a defesa da Terra contra asteroides.

Relação de Musk com o Brasil
No ano passado, o ministro das comunicações, Fabio Faria, teve um encontro com Musk para falar sobre oportunidades de uso da Starlink no Brasil.

Na época, Faria ressaltou que o empresário viria ao país para conectar “escolas rurais e proteger a Amazônia”.

Já neste ano, em abril, o governador do Amazonas, Wilson Lima, disse que Musk demonstrou interesse em trazer a SpaceX ao Brasil em um tuíte.

Com informações do portal UOL

Comments

Be the first to comment on this article

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Go to TOP