Promoter suspeito de agredir ex-noiva é solto após pagar fiança, em Goiânia
Após Thayrone Magno ser posto em liberdade, Anna Helisa contou que ficou com medo, mas que confia na justiça
O promoter Thayrone Magno, 30, suspeito de agredir a ex-noiva, a arquiteta Anna Helisa Porto, 30, foi solto em Goiânia. Após uma audiência de custódia, ele pagou uma fiança de R$ 800 e colocou uma tornozeleira eletrônica. Depois da decisão que colocou o homem em liberdade, a arquiteta disse que ficou com medo.
“Eu e minha família ficamos com muito medo pelo que pode acontecer, pela exposição que teve, pela repercussão negativa do nome dele, mas eu não vou contra a lei. Se ele respeitar as medidas protetivas, eu não vou questionar. Confio na justiça”, contou a ex.
À TV Anhanguera, a advogada Suzana Ferreira da Silva, que faz a defesa do promoter, disse que ele está à disposição e que vai prestar todos os esclarecimentos somente à Justiça.
A situação aconteceu na madrugada de domingo, 15. A arquiteta disse que estava em um carro de transporte de aplicativo e foi perseguida pelo promoter até que uma viatura da Polícia Militar conseguiu abordá-lo e o prendeu. Um vídeo registrou quando o ex deu um tapa no rosto dela e quando, logo depois, a PM apareceu.
Ainda na decisão que colocou Thayrone em liberdade, a magistrada decidiu que ele deverá comunicar a Justiça caso saia de Goiânia. Além disso, ele não pode deixar de comparecer a todos os atos processuais do inquérito, que ainda está na fase de investigação.
Na audiência de custódia ainda foram definidas medidas protetivas: ele não pode se aproximar da ex-noiva a uma distância mínima de 200 metros e não pode fazer contato com ela por nenhum meio de comunicação.
Denúncia de agressão
A situação ocorreu na madrugada deste domingo. A arquiteta contou que estava em uma festa e que ele a encontrou no local e ficou a cercando durante a noite. Cansada da situação, Anna disse que decidiu ir embora, mas o ex foi atrás dela e começou a ameaçá-la pedindo que ela entrasse no carro dele, até que ela cedeu.
“Eu estou emocionalmente muito abalada. Um misto de sensação, porque a gente não pode se culpar, mas eu acabo me culpando por ter permitido chegar aonde chegou”,
Arquiteta Anna Helisa Porto
Ao saírem de lá, ela disse que foi convencida por ele a passar em outros lugares e acabou indo para um hotel com o homem, onde ela disse que foi coagida a ter relação sexual com ele. Depois disso, a mulher contou que ele dormiu e ela tentou ir embora do local, no entanto, ele acordou e tentou a impedir de sair.
“Ele acordou e veio atrás de mim, me forçou a entrar no carro dele. Quando estávamos no final da Avenida Ricardo Paranhos, eu consegui descer do carro, ele começou a me puxar e um motorista de aplicativo parou o carro e eu entrei dentro. Nisso, ele começou a me seguir e, quando paramos em um semáforo, ele me deu um tapa no rosto”, disse.
Após essa situação, o motorista de aplicativo viu uma viatura passando na rua e buzinou. Nesse momento, o suspeito entrou no carro e tentou arrancar com o veículo, mas a PM parou e conseguiu abordá-lo.
Após a prisão do homem, o caso foi registrado na delegacia de Polícia Civil e Anna passou por exames no Instituto Médico Legal (IML).
Anna conta que se relacionou com o ex por sete meses, no ano passado. Depois, eles voltaram em novembro e terminaram de novo em fevereiro deste ano. Ela diz que não foi a primeira vez que foi agredida pelo homem. Inclusive, a arquiteta contou que já chegou a denunciá-lo na polícia outras vezes.
“Quero que ele pague pelo que ele fez comigo e que não faça mais com nenhuma mulher. Não quero mais me calar”, disse a mulher.
Veja a íntegra da nota de Thayrone Magno
“A defesa informa que Thayrone Magno de Oliveira Fonseca passou pela audiência de custódia no último domingo (15) e está à disposição da Justiça para responder todos os atos processuais necessários. A respeito dos fatos noticiados, a defesa informa que prestará esclarecimentos somente perante a Justiça, respeitando o devido processo legal”.
Com informações do portal de notícias G1
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