DF – Desemprego em queda no Distrito Federal
Resultados da pesquisa mostraram que taxa de desemprego total diminuiu 10,8 pontos percentuais, no comparativo entre março de 2021 e 2022
A capital federal continua no caminho longo para a retomada da economia, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Codeplan e pelo Dieese. Os resultados da pesquisa mostraram que a taxa de desempregados diminuiu 10,8 pontos percentuais, no comparativo entre março de 2021 e 2022, o desemprego saiu de 19,5% para 17,0%.
No mesmo período, a taxa de participação – proporção de pessoas com 14 anos e mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – cresceu, passando de 64,4% para 64,9%. Já o número da População Economicamente Ativa (PEA), quem pode trabalhar no setor produtivo a ajuda com a força de trabalho, cresceu de 64,4% para 64,9%, 40 mil pessoas entraram no mercado de trabalho. Em relação a fevereiro de 2022, a taxa de desemprego total permaneceu estável em 17,0% da PEA.
A queda no desemprego é resultado do aumento do nível ocupacional (74 mil postos de trabalho a mais) em número superior ao crescimento da População Economicamente Ativa. O aumento na ocupação derivou do crescimento nos serviços e do aumento do assalariamento no setor privado com e sem carteira assinada, do assalariamento no setor público, do trabalho autônomo e do agregado demais posições.
Outra área que variou positivamente foi o contingente de desempregados, isso é resultado do pequeno acréscimo da PEA (mais 6 mil pessoas na força de trabalho) em número maior ao do aumento no número de ocupados (mais 5 mil postos de trabalho).
O leve acréscimo do contingente de ocupados veio da elevação no número de postos de trabalho. De um lado, no setor de serviços, a redução no comércio e reparação, e de outro, a relativa estabilidade na indústria e na construção.
A forma de inserção do aumento do contingente de trabalhadores autônomos, do assalariamento no setor privado com carteira assinada, dos serviços domésticos e das demais posições compensou, em parte, o declínio do número de assalariados do setor público e do setor privado sem carteira assinada.
Nem tudo vai tão bem
Nem todas as áreas crescem à todo vapor, o nível de ocupação teve pouco aumento (0,4%), cerca de 1.378 mil pessoas. Por setor, esse resultado veio da elevação no setor de Serviços (1,2%, ou 12 mil), de um lado, e da redução no Comércio e reparação (-2,2%, ou -5 mil), de outro, visto que houve uma estabilidade na Indústria de transformação (-2,2%, ou -1 mil) e na Construção (1,4%, ou 1 mil). O segmento da Administração Pública, por sua vez, variou negativamente (-1,1%, ou -2 mil).
O contingente de assalariados também diminuiu -0,7%, em decorrência do decréscimo no setor privado em -0,6%, e no setor público -1,0%. No setor privado, aumentou o número de assalariados com carteira de trabalho assinada em 0,5% e diminuiu o de sem carteira assinada (-8,7%, ou -9 mil).
O número de trabalhadores autônomos cresceu em 2,5%, e de empregados domésticos em 4,2%. No contingente daqueles classificados nas demais posições, onde estão incluídos os empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais, houve um aumento de 2,7%.
Entre janeiro e fevereiro de 2022, caiu o rendimento médio real dos ocupados em -0,7%, dos assalariados em -0,7% e dos trabalhadores autônomos em -2,3%, passaram a equivaler a R$ 3.918, R$ 4.294 e R$ 2.284, respectivamente. A massa de rendimentos reais diminuiu para os ocupados (-1,7%) e os assalariados (-2,7%). Nos dois casos, o resultado vem do nível de ocupação e, em menor proporção, do rendimento médio real.
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