Mais de 1.200 ataques foram realizados pela Rússia em solo ucraniano na madrugada desta terça-feira, 19, o triplo do registrado no dia anterior. Os ataques refletem uma “nova fase da guerra”, de acordo com os dois lados.

Agora, Moscou tenta o controle da região do Donbass, no Leste, e de Mariupol, no mar de Azov. A Rússia afirma ainda ter tomado o controle de Kreminna. Os soldados ucranianos teriam deixado a região.

“Não importa quantos soldados forem trazidos até aqui, lutaremos. Vamos continuar lutando e nos defendendo, e estamos fazendo isso diariamente. Nós não desistiremos de nada que seja ucraniano, mas não precisamos de nada que não seja nosso”, declarou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao discursar em vídeo e anunciar o início da ofensiva russa contra o Donbass — região do leste do país controlada parcialmente pelos separatistas pró-Moscou.

“Agora podemos dizer que as tropas russas começaram a batalha pelo Donbass, para a qual se prepararam durante muito tempo. Uma grande parte de todo o Exército russo se dedica agora a esta ofensiva”, afirmou.

Corredores humanitários
Enquanto a guerra avança, a saída de civis dos locais de conflito fica mais difícil. O governo ucraniano disse nesta terça-feira que novos corredores humanitários para evacuar civis presos em áreas de conflito não serão abertos pelo terceiro dia consecutivo.

De acordo com a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, os constantes bombardeios das tropas russas e a falta de negociações entre os dois países fazem com que a abertura desses corredores seja impossibilitada.

Vereshchuk destaca que os russos se recusam a abrir um corredor para a retirada de civis da cidade portuária de Mariupol, que sofre com ataques constantes das tropas de Putin.