Golpista utilizava nome da primeira-dama Gracinha Caiado para ludibriar fazendeiros

Mulher vendia produtos agropecuários acima do preço de mercado dizendo que valor seria usado para ações sociais

Foram sete anos cometendo o mesmo crime utilizando nomes de pessoas públicas que eram relativamente bem conhecidas pela população goiana. No total, a Polícia Civil de Goiás estima que a golpista conseguiu amealhar, neste período, cerca de R$ 1 milhão. Mas na última terça-feira, 5, a “carreira” da mulher de 51 anos foi interrompida e ela, presa.

A mulher, que não teve seu nome divulgado, foi presa em Catanduva, no interior de São Paulo (SP). Confessou o crime e já está em um presídio goiano. Ela não tem antecedentes criminais e vai responder por estelionato. A polícia encontrou na casa dela anotações com os nomes de cerca de 50 vítimas que ela fez nos últimos meses.

Recentemente a golpista utilizava o nome de Gracinha Caiado, mulher do governador Ronaldo Caiado e primeira-dama do estado de Goiás. Ela circulava por fazendas goianas e do Mato Grosso vendendo um produto agropecuário bem acima do preço de mercado. Questionada a respeito do sobrepreço, argumentava que o valor seria usado em ações sociais capitaneadas pelo governo estadual.

“O produto que ela vendia custava no máximo R$ 600. Ela ligava para os fazendeiros e vendia por R$ 2,4 mil. Mas as vítimas não queriam o produto em si, eles compravam pensando em ajudar nos trabalhos sociais”, disse a delegada Sayonara Lemgruber.

A polícia disse que a mulher se passava por primeiras-damas há sete anos e fazia, em média, 10 vítimas por mês, sendo metade em Goiás e metade no Mato Grosso. Com o dinheiro recebido das vítimas, ela comprava o produto agropecuário pela internet e enviava para os fazendeiros por meio de uma empresa de transportes.

“A investigação começou este ano depois que uma vítima de Nova Crixás nos procurou dizendo que tinha comprado os produtos, mas, depois de algum tempo, passou a acreditar que não estava falando com a primeira-dama”, contou a delegada.

O governo estadual ainda não se pronunciou a respeito do episódio.

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