Meirelles desiste de disputar Senado, recua e agora tenta viabilizar candidatura junto ao PSD nacional
Ex-ministro e secretário da Fazenda do governo de São Paulo agora enfrenta resistências junto ao diretório regional do partido
Henrique Meirelles desistiu de desistir à candidatura ao Senado da República nas eleições deste ano. Depois de uma terça-feira marcada por intensas articulações em âmbito regional e até nacional, os principais atores políticos do estado chegam nesta quarta-feira, 30, sem qualquer tipo de definição por parte do ex-ministro da Fazenda e atual secretário da Fazenda do governo de São Paulo (SP).
A teia que cerca a possível candidatura de Meirelles é complexa. Ele vinha protelando sua decisão desde o final do ano passado. E como na política não existe vácuo, acabou abrindo espaço para que eventuais adversários articulassem contra seu projeto político.
Um deles foi o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), possível concorrente de Meirelles ao Senado, já que neste ano haverá uma única vaga para cada estado. O tucano buscava junto a Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, partido de Henrique Meirelles, meios de barrar, via diretório nacional, a candidatura do goiano. Assim Marconi teria um caminho mais fácil para se eleger, já que em pesquisas internas eles costumam aparecer em empate técnico e disputando o primeiro lugar.
Outra articulação que passou a ganhar força foi a possível candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, que se filiou nesta terça-feira, 29, ao PSD, ao Senado. Ele havia desistido do projeto de ser candidato a deputado federal depois da recente morte do pai para cuidar das empresas da família. Depois cogitou ir para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), mas agora começa a ver com bons olhos a disputa para o Senado.
Diante de todo este cenário, e sem sentir 100% de confiança nas lideranças regionais do seu partido, Henrique Meirelles chegou a convocar uma entrevista coletiva para anunciar seu recuo nestas eleições. A cancelou, avisou que divulgaria uma nota à imprensa e, ao final do dia, tornou-se pública a tentativa que ele faria junto ao presidente nacional do PSD para tentar bancar seu projeto em Goiás.
A esperança dele é que se houver uma decisão de Kassab favorável a ele, a cúpula do PSD em Goiás – com quem a relação não anda nada boa -, acate o que for decidido pelo diretório nacional e não ofereça riscos à sua candidatura.
Vale lembrar que o prazo final para Meirelles bater o martelo e mudar seu domicílio eleitoral para Goiânia em caso de uma eventual candidatura termina no sábado, 2 de abril. Até lá, outros nomes seguem de olho na vaga que pode ficar em aberto na chapa majoritária liderada pela dupla Ronaldo Caiado (União Brasil) – Daniel Vilela (MDB).
Além do próprio Lissauer Vieira topar encarar a eleição para o Senado, também pleiteiam o mesmo, ao lado de Caiado, os deputados federais João Campos (Republicanos), Delegado Waldir (União Brasil) e o ex-ministro e presidente do PP goiano, Alexandre Baldy.
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