Ainda sem respostas, crime contra Marielle Franco completa quatro anos
Ato foi realizado no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 14, para cobrar justiça para vereadora e seu motorista, Anderson Gomes
Quatro anos após os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes, um ato público em frente à Câmara dos Vereadores, no centro do Rio, cobrou por justiça para o caso nesta segunda-feira.
Uma missa na manhã de hoje, na Igreja da Candelária, no centro do Rio, também lembrou os quatro anos do assassinato de Marielle e Anderson. Participaram da celebração familiares e amigos da vereadora.
O pai de Marielle, Antônio Francisco da Silva Neto, lembrou a atuação da vereadora de “dar voz a quem não tem voz”.
“Quatro anos se passaram e ainda não temos a resposta que tanto nós, família de Marielle, e a sociedade, quer: quem são os mandantes e por que a mataram. Esse crime não pode ficar sem resposta”
Pai de Marielle, Antônio Francisco
“Além de perguntar quem mandou matar Marielle e por quê, devemos perguntar a quem interessa que o caso não seja elucidado. A gente sabe que, infelizmente, foi um crime muito sofisticado, muito bem executado, mas a gente também sabe que não há crime sem resposta”, disse a viúva de Marielle, Mônica Benício.
As investigações sobre o crime ainda buscam apontar os mandantes e a motivação para o atentado ocorrido em 2018. A força-tarefa do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) afirmou que, nos últimos três meses, colheu novos depoimentos que podem ajudar na apuração.
O policial militar reformado Ronnie Lessa, e o ex-policial Élcio Queiroz, acusados de executar o crime, estão presos. A Justiça decidiu que os dois vão a júri popular, mas eles recorreram.
Relembre
Quinta vereadora mais votada do Rio, Marielle Franco foi executada com quatro tiros ao sair de um evento na Casa das Pretas, localizada na Lapa, região central do Rio, no dia 14 de março de 2018. Imagens de câmeras de segurança registraram o início da perseguição de um veículo prata ao carro da parlamentar. No entanto, os disparos foram feitos em uma rua onde não havia sistema de monitoramento.
Até o momento, a arma usada no crime não foi encontrada. Uma denúncia revelou que o armamento foi lançado ao mar na Barra da Tijuca, na zona oeste. Em desdobramento das investigações, a esposa e o cunhado de Ronnie Lessa foram presos, além de outras duas pessoas, por atrapalhar a apuração.
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