Julgamento do caso Valério Luiz é adiado mais uma vez
Nova data será no dia 2 de maio; juiz concedeu prazo para acusado Maurício Sampaio trocar sua defesa
Quase dez anos depois do crime, o julgamento do caso Valério Luiz, marcado para esta segunda-feira, 14, foi novamente adiado sob justificativa de que o empresário Maurício Sampaio, acusado de ser o mandante do homicídio, constituiu nova defesa e, portanto, os advogados dele precisam de tempo hábil para se inteirarem do processo.
O cronista Valério Luiz foi assassinado no dia 5 de julho de 2012, na porta da Rádio Bandeirantes – onde trabalhava -, no Setor Serrinha, em Goiânia, por um motociclista. Ele teria sido morto pelas críticas que fazia ao clube do Atlético – GO, do qual Maurício Sampaio é um dos dirigentes – à época do crime, ele respondia pela vice-presidência; hoje integra o Conselho de Administração.
Sampaio chegou ao Tribunal de Justiça na manhã desta segunda-feira acompanhado do advogado Thales José Jayme, também vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás. Além dele, também são acusados outros quatro réus: o sargento da Polícia Militar, Ademá Figueredo Aguiar Filho, suposto atirador; Djalma Gomes da Silva, Urbano de Carvalho Malta e Marcus Vinícius Pereira Xavier, apontados como articuladores do crime.
O filho de Valério, Valério Luiz Filho, que é advogado, também é assistente de acusação. Segundo ele, o julgamento foi remarcado para o dia 2 de maio próximo. Antes do adiamento, ele disse: “É um alívio chegarmos aqui, mas também é a parte mais delicada do processo. Temos que nos concentrar e manter a calma para mostrar aos jurados o que aconteceu”.
A previsão era de que o julgamento durasse pelo menos três dias. Pelo menos 30 testemunhas estavam inscritas para depor no Tribunal de Justiça. É a terceira vez que ocorre o adiamento. Os outros motivos foram o período de pandemia e a troca de juiz e desmembramento do processo.
Thales Jayme, novo advogado de Sampaio, garantiu que não houve manobra para beneficiar os réus. “De forma alguma. Temos todo interesse em julgar os réus e dar uma resposta à sociedade. Nós, advogados, também temos esse compromisso”, destacou. Ele também defende Ademá Figueredo Aguiar Filho, apontado como o executor do crime.
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