Um homem de 50 anos foi morto por um leão que mantinha como animal de estimação em seu jardim, na cidade de Kufa, no sul do Iraque, na última quinta-feira (8/5). A vítima, identificada como Aqil Fakhr al-Din, era conhecida na região por abrigar animais selvagens em sua propriedade há vários anos, segundo informações da polícia local.

De acordo com o porta-voz da polícia de Najaf, Mufid Tahir, Aqil foi atacado pelo leão em sua própria casa. “Hoje, numa residência em Kufa, um cidadão foi atacado por um leão no jardim e morreu imediatamente”, declarou à agência de notícias Rudaw. Ainda segundo o oficial, o animal “devorou grande parte do corpo da vítima e se recusou a deixá-lo, obrigando um morador a abatê-lo a tiros”.

Relatos da imprensa local afirmam que um vizinho, ao perceber o ataque, interveio antes da chegada das autoridades e matou o leão com sete disparos de um fuzil Kalashnikov. Aqil chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Ainda não há informações sobre a origem do animal ou de quem o homem o adquiriu.

O caso gerou comoção nas redes sociais, após a divulgação de um vídeo mostrando o corpo do leão morto no jardim. Usuários expressaram indignação e preocupação com a falta de regulamentação sobre a posse de animais selvagens no Iraque.

Atualmente, o país enfrenta sérias deficiências legais no controle da captura e comercialização de espécies exóticas. A ausência de regras rígidas facilita a atuação de caçadores e contrabandistas, que abastecem principalmente mercados de luxo em países ricos do Golfo, como Emirados Árabes Unidos, Qatar e Arábia Saudita, onde a posse de animais selvagens se tornou símbolo de status.