A cerveja ganhou o nome inusitado de Pisner, uma combinação entre Pilsner (tradicional estilo originário da República Tcheca) e a palavra local para urina — uma alusão direta ao processo inusitado de produção.

Isso porque a cervejaria dinamarquesa Nørrebro Bryghus utilizou urina humana como fertilizante no cultivo da cevada usada na bebida, substituindo o esterco ou fertilizantes industrializados.

O “ingrediente” foi coletado de banheiros químicos em um festival na Dinamarca, e a técnica também vem sendo aplicada na Suécia. A proposta, segundo a cervejaria, é unir inovação e sustentabilidade.

“Somos uma cervejaria artesanal e, há cerca de quatro anos, nos tornamos totalmente orgânicos. Hoje, todas as nossas cervejas seguem esse padrão. Pensamos que seria interessante criar uma cerveja reciclável”, explicou Henrik Vang, CEO da Nørrebro Bryghus.

Apesar da origem curiosa dos insumos, o resultado agradou ao paladar. “É uma cerveja fresca e encorpada, com sabor realmente bom”, disse o degustador Birden Eldahls à CBS News.

Um consumidor avaliou: “Aroma de malte doce, sabor frutado com notas de palha, amargor leve e toque herbal de lúpulo. Corpo médio, textura cremosa e carbonatação suave. Agradável.”

Henrik Vang fez questão de esclarecer o processo: “No início, muita gente pensava que a urina ia direto para a cerveja através de algum tipo de filtragem, mas, claro, isso nunca aconteceu.”

Fonte: PageNotFound