O Brasil iniciou com força a temporada da Liga Mundial de Surfe (WLS, na sigla em inglês) na Praia de Pipeline, no Havaí (EUA). Na noite de quarta-feira (29), Tatiana Weston-Webb e Luana Silva foram as primeiras a garantir vaga nas oitavas de final. Na disputa masculina, cinco dos 10 representantes brasileiros avançaram diretamente para a terceira fase: João Chianca, Filipe Toledo, Edgard Groggia, Ítalo Ferreira e Ian Gouveia. Os outros – Yago Dora, Alejo Muniz, Deivid Silva, Samuel e Miguel Pupo – vão competir na repescagem. Devido às condições de ondas fracas, a competição será retomada no sábado (1º), às 14h45 (horário de Brasília).

Na estreia, Tatiana e Luana estavam na mesma bateria com a australiana Sally Fitzgibbons. O destaque foi Luana, recém-campeã mundial de surfe Júnior (Sub-20), nascida em Honolulu, filha de pais brasileiros. Aos 20 anos, Luana conseguiu três das quatro maiores notas da bateria, totalizando 12.60 pontos. Tatiana Weston-Webb, com 9.16 pontos, avançou em segundo lugar, eliminando Fitzgibbons (6.17), que foi para a repescagem.

Na disputa masculina, o grande destaque foi o estreante Edgard Groggia, de 28 anos, que garantiu a vaga na terceira fase com o segundo maior somatório da primeira bateria, disputada com o compatriota Yago Dora e o havaiano Seth Moniz. Groggia somou 8.73 pontos, enquanto Moniz (12.06) avançou em primeiro. Já Dora, com 8.53, precisará passar pela repescagem.

Ítalo Ferreira, atual vice-campeão mundial e medalha de ouro em Tóquio 2020, competiu na bateria 5, ao lado do paulista Samuel Puppo e do pentacampeão mundial Kelly Slater (EUA), de 52 anos. Slater avançou com o maior somatório (9.90), enquanto Ítalo (8.00) ficou com o segundo lugar. Samuel Puppo, com apenas 3.90 pontos, precisará disputar a repescagem.

O pernambucano Ian Gouveia, de 32 anos, estreante na elite do surfe mundial, avançou com o maior somatório da sexta bateria, que também contou com os anfitriões John John Florence e Eli Hanneman. Gouveia totalizou 11.84, enquanto Florence, tricampeão mundial, somou 11.50. Hanneman, com 11.43, foi para a repescagem. Vale destacar que Florence competiu em Pipeline como convidado, pois optou por não disputar esta temporada.

Deivid Silva, paulista de Guarujá, vai tentar se recuperar na repescagem no sábado (1º). Ele somou apenas 5.90 na bateria 10, em que avançaram para a terceira fase o marroquino Ramzi Boukhiam (7.40) e o norte-americano Cole Houshmand (6.14).

Após um ano afastado para cuidar da saúde mental, o bicampeão mundial Filipe Toledo fez uma excelente estreia em Pipeline. O melhor surfista das temporadas de 2022 e 2023 somou 8.75, o maior total da bateria 11, que teve também o havaiano Barron Mamiya (6.66) e o argentino Alejo Muniz (6.27). Muniz vai brigar por uma vaga na repescagem.