O senador goiano Wilder Morais (PL) enfrenta um cenário desafiador para consolidar o apoio dos prefeitos eleitos pelo Partido Liberal em Goiás. Apesar de esforços contínuos, a tarefa de unificar os poucos gestores municipais eleitos pelo PL em torno de seu projeto político para disputar o governo do estado em 2026 tem se mostrado árdua.

A falta de coordenação e apoio durante as eleições municipais de 2024 é apontada como um dos principais motivos para o descontentamento dos prefeitos. Wilder foi criticado por priorizar as campanhas de Alcides Ribeiro, candidato em Aparecida de Goiânia, e Fred Rodrigues, em Goiânia, ambas derrotadas, enquanto muitos prefeitos enfrentaram as disputas praticamente sozinhos, sem respaldo significativo do partido ou do senador.

Além disso, o futuro político do ex-presidente Jair Bolsonaro, figura central na base do PL, traz incertezas ao grupo. Com investigações e processos que podem culminar na perda dos direitos políticos de Bolsonaro por décadas, os prefeitos avaliam a possibilidade de realinhamento partidário. Muitos já cogitam migrar para legendas ligadas ao governador Ronaldo Caiado, fortalecendo tanto o governo estadual quanto uma possível candidatura de Caiado à presidência da República pelo União Brasil.

O fraco desempenho de Wilder nas eleições de 2024 não passou despercebido. Sem conseguir capitalizar liderança no partido e com pouco apoio de sua base, o senador enfrenta dificuldades crescentes para viabilizar sua candidatura ao governo de Goiás. Analistas políticos apontam que o projeto de Wilder Morais está mais distante do que nunca, consolidando-o como um dos principais derrotados do último pleito.

A debandada de lideranças do PL e o cenário político instável colocam Wilder em uma posição delicada. Com pouca articulação e resultados eleitorais frágeis, o senador precisará repensar suas estratégias caso ainda deseje se manter relevante no cenário político de Goiás.