Um estudo recente revelou que a exposição prolongada à poluição do ar está associada a um maior risco de desenvolver psoríase, especialmente em indivíduos com predisposição genética. A pesquisa, conduzida com 474.055 participantes no Reino Unido, analisou a relação entre a poluição do ar e a incidência de psoríase, destacando a influência de fatores genéticos.

Os poluentes estudados incluíram matéria particulada fina (PM2.5 e PM10), dióxido de nitrogênio (NO2) e óxidos de nitrogênio (NOx). Os resultados mostraram que a exposição a esses poluentes aumentou significativamente o risco de psoríase. Por exemplo, para cada aumento na concentração de PM2.5, o risco de psoríase aumentou em 41%.

Os dados foram coletados do UK Biobank e analisados entre novembro e dezembro de 2023. O estudo incluiu participantes sem psoríase no início da pesquisa e com dados disponíveis sobre a exposição à poluição do ar. A análise genética foi restrita a participantes brancos. Durante o período de seguimento de aproximadamente 12 anos, foram registrados 4.031 casos novos de psoríase.

Os pesquisadores descobriram que indivíduos expostos aos níveis mais altos de poluição do ar, combinados com alta predisposição genética, apresentavam um risco significativamente maior de desenvolver psoríase. Por exemplo, participantes no quartil mais alto de exposição ao PM2.5 e com alto risco genético tinham uma razão de risco (HR) de 4,11, comparados com aqueles no quartil mais baixo de exposição e baixo risco genético.

Esses achados destacam a necessidade de políticas públicas que visem reduzir a poluição do ar, bem como a importância de considerar fatores genéticos na avaliação do risco de doenças. A interação entre poluição do ar e suscetibilidade genética sublinha a complexidade das influências ambientais e biológicas na saúde humana.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.21633.