Deputado Gustavo Gayer é alvo da PF por suspeitas de desvio de verbas
Na manhã desta sexta-feira (25), uma operação da Polícia Federal (PF) teve como um dos alvos o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação revelou um esquema de desvio de verbas parlamentares que supostamente beneficiava uma organização com documentos fraudulentos, onde figuravam crianças como membros. A PF investiga crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos e peculato-desvio.
Segundo as investigações, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) foi criada com documentos supostamente falsificados para viabilizar o desvio de recursos. A PF identificou que a ata de assembleia dessa organização foi falsificada, com data de criação em 2003, incluindo como membros fundadores crianças entre 1 e 9 anos. A descoberta reforça as suspeitas de irregularidades. Durante a operação, R$ 70 mil foram apreendidos na residência de um assessor de Gayer.
Esse esquema representa um risco grave para o uso ético dos recursos públicos, desviando verbas que deveriam ser destinadas a programas sociais. A OSCIP teria sido usada para ocultar o fluxo financeiro que supostamente beneficiou o deputado e sua equipe.
A investigação ainda busca apurar a quantia exata desviada e a possível participação de outros envolvidos. Até o momento, a PF não divulgou todos os nomes e instituições que podem estar conectados ao esquema.
Resposta de Gustavo Gayer
Em um vídeo nas redes sociais, Gustavo Gayer afirmou que seu celular e HD foram apreendidos, referindo-se aos policiais como “jagunços.” O deputado criticou o momento da operação, que ocorreu a dois dias das eleições em Goiânia, onde ele apoia Fred Rodrigues (PL) à prefeitura. Gayer é um dos principais apoiadores do candidato na capital.
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