Medicamento para hipertensão arterial poderia melhorar resposta à quimioterapia em casos de leucemia

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade do Missouri descobriram que uma terapia genética direcionada pode tornar a leucemia mieloide aguda (LMA) mais sensível à quimioterapia, ao mesmo tempo em que protege o coração contra a toxicidade frequentemente causada pelos tratamentos contra o câncer.

A LMA é o tipo mais comum de leucemia em adultos, e o tratamento com quimioterapia pode aumentar o risco de danos cardíacos nos pacientes. O estudo investigou semelhanças entre leucemia e doenças cardiovasculares. Eles identificaram um alvo comum, o receptor AGTR1, que estava em excesso nas células sanguíneas de pacientes com leucemia.

Os pesquisadores utilizaram a losartana, um medicamento comum para tratar a hipertensão arterial, para inibir o receptor AGTR1 em camundongos. Isso interrompeu o crescimento do câncer, retardando o desenvolvimento da leucemia e prolongando a sobrevivência. O próximo passo é investigar mais a fundo a eficácia da losartana no tratamento de pacientes humanos com leucemia.

Segundo os pesquisadores, modelos de camundongos com leucemia diferem da doença humana de várias maneiras, incluindo diferenças no sistema imunológico, no microambiente da medula óssea e nas respostas aos tratamentos. O próximo passo será interpretar e validar cuidadosamente esses achados em estudos humanos para garantir a relevância translacional.

Se esses resultados forem confirmados em ensaios clínicos humanos, o processo de aprovação para o uso da losartana seria mais rápido em comparação com outros medicamentos, pois já é aprovado pela FDA e não exigirá dados abrangentes sobre o fármaco.

Fonte: Science Translational Medicine. DOI: 10.1126/scitranslmed.adl5931.

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