Radiação ultravioleta poderia influenciar na regulação da gordura subcutânea e tratar obesidade
Uma nova pesquisa sugere que a exposição à radiação ultravioleta (UV) pode afetar a regulação da gordura subcutânea e abrir caminhos para novos tratamentos contra a obesidade. O estudo descobriu que a exposição à UV aumenta os níveis de norepinefrina, diminui os níveis de leptina e induz o “escurecimento” da gordura subcutânea, aumentando o gasto de energia. Esses achados foram publicados no Journal of Investigative Dermatology.
A radiação UV, conhecida por seus efeitos negativos como queimaduras solares e câncer de pele, também está associada a benefícios como a síntese de vitamina D. Pesquisas anteriores indicaram que a exposição à UV limita o ganho de peso em modelos de obesidade em camundongos, o que inspirou os cientistas a investigar mais a fundo esta questão.
Os pesquisadores descobriram que a exposição consistente à radiação UV aumentava o apetite dos camundongos, devido à diminuição da leptina, um hormônio regulador do apetite. No entanto, não houve aumento de peso, pois a UV promove a secreção de norepinefrina, que aumenta o gasto de energia e transforma a gordura subcutânea em gordura marrom, que é queimada para gerar calor.
Esses resultados fornecem novas perspectivas sobre o impacto da radiação UV na regulação do apetite e do peso, sugerindo novas abordagens para a prevenção e tratamento da obesidade e distúrbios metabólicos. A descoberta de que a UV pode impedir o ganho de peso ao aumentar a queima de energia oferece um potencial inovador para o manejo da saúde e obesidade.
Os cientistas enfatizam, contudo, a necessidade de mais pesquisas sobre os efeitos a longo prazo da exposição à UV e a importância de desenvolver estratégias terapêuticas seguras que imitem esses efeitos.
Fonte: Journal of Investigative Dermatology. DOI: 10.1016/j.jid.2024.03.012.
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