Mudanças na posição socioeconômica ao longo da vida influenciam a saúde mental dos idosos
Um estudo recente, publicado no JAMA Network Open, investigou a relação entre as transições no status socioeconômico ao longo da vida e o risco de desenvolver demência. A pesquisa envolveu 9.186 participantes com 65 anos ou mais, residentes em 31 áreas diferentes do Japão.
Os pesquisadores identificaram seis padrões de transição socioeconômica: ascendente, estável-alto, médio-alto, médio-baixo, descendente e estável-baixo. Durante o período de acompanhamento, 800 casos de demência foram registrados. A análise revelou que a mobilidade ascendente estava associada ao menor risco de demência, enquanto a mobilidade descendente aumentava significativamente o risco.
Especificamente, os indivíduos que passaram por uma transição ascendente tiveram o menor risco de demência, seguidos pelos que mantiveram um status socieconômico estável-alto. Por outro lado, aqueles que experimentaram uma transição descendente apresentaram o maior risco, seguidos pelos que mantiveram um status socieconômico estável-baixo.
A transição ascendente foi associada ao maior aumento nos anos livres de demência ao longo da vida, com um ganho de até 1,8 anos aos 65 anos. Em contraste, a transição descendente foi associada à maior perda de anos livres de demência após os 75 anos, chegando a uma redução de até 1,4 anos aos 85 anos.
Este estudo destaca a importância das mudanças socioeconômicas na saúde mental dos idosos. As descobertas sugerem que políticas voltadas para melhorar as condições socioeconômicas podem desempenhar um papel crucial na prevenção da demência e na promoção de uma longevidade saudável.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.12303.
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