Sedentarismo no trabalho pode aumentar riscos à saúde

Um estudo inovador realizado em Taiwan revelou os impactos significativos de longos períodos de sedentarismo no trabalho para a saúde, mesmo entre indivíduos aparentemente saudáveis.



A pesquisa, que acompanhou 481.688 participantes por uma média de 12,85 anos, constatou que aqueles que passavam a maior parte do tempo sentados no trabalho apresentavam um risco mais elevado de mortalidade por todas as causas (16%) e doenças cardiovasculares (34%) em comparação com aqueles que passavam a maior parte do tempo em pé.

Mesmo após ajustes para fatores como sexo, idade, educação, tabagismo, consumo de álcool e índice de massa corporal, a associação entre o tempo prolongado sentado e os riscos à saúde permaneceu significativa.



A pesquisa indicou que os indivíduos que passam a maior parte do tempo sentados no trabalho precisariam de 15 a 30 minutos adicionais de atividade física diária para reduzir esses riscos e alcançar níveis de saúde semelhantes aos daqueles que permanecem predominantemente em pé.

Pela primeira vez, as diretrizes da Organização Mundial da Saúde de 2020 recomendam a redução de comportamentos sedentários devido às suas consequências para a saúde. Os resultados deste estudo sugerem que reduzir o tempo prolongado de sedentarismo no ambiente de trabalho e/ou aumentar o volume ou a intensidade da atividade física diária pode ser benéfico para mitigar os riscos elevados de mortalidade por todas as causas e doenças cardiovasculares associados a essa prática.



Esta descoberta destaca a importância de considerar não apenas a quantidade, mas também a qualidade da atividade física para a promoção da saúde.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2023.50680.

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