Pessoas que confiam em profissionais de saúde têm maior probabilidade de aderir à vacinação contra a Covid-19, mesmo que inicialmente estejam hesitantes ou resistentes. Em contrapartida, recomendações de funcionários públicos de qualquer nível dificilmente convencerão essas pessoas a se vacinarem.

Um estudo realizado na New York University, nos Estados Unidos, analisou os resultados de pesquisas com quase 2.000 adultos norte-americanos entrevistados duas vezes, em abril de 2021 e novamente em junho de 2022.

Os participantes foram questionados sobre suas opiniões em relação à vacina contra a Covid-19 e se haviam sido vacinados. Eles também foram questionados sobre sua confiança na profissão médica, em seus próprios médicos e em funcionários do governo.

Os níveis de confiança variaram significativamente entre aqueles que apoiavam a vacinação e aqueles que eram céticos ou hesitantes. Cerca de 88% das pessoas que apoiavam a vacinação relataram altos níveis de confiança em seus médicos, e 70% tinham altos níveis de confiança nas autoridades estaduais e locais.

Por outro lado, as pessoas hesitantes em relação à vacina confiavam muito menos: apenas 46% relataram altos níveis de confiança em seus próprios médicos, enquanto cerca de 25% tinham altos níveis de confiança nas autoridades estaduais e locais.

A confiança na profissão médica foi associada ao fato de as pessoas hesitantes em vacinar em 2021 terem avançado e recebido a vacina até 2022. Para aqueles que se vacinaram em 2021, a confiança em seu próprio médico estava ligada à procura de uma dose de reforço em 2022.