Acne aumenta o risco de depressão, alerta médico
A acne pode ser uma condição persistente e desafiadora de lidar, causando impactos significativos na saúde mental e na autoestima. O Dr. Danilo S. Talarico, professor do Instituto Lapidare e da Faculdade Primum de Dermatologia, Tricologia, Transplante Capilar e Medicina Estética, descreve a acne como uma doença inflamatória e infecciosa da pele que não só causa desconforto físico, mas também pode afetar negativamente o bem-estar psicológico.
Contrariamente ao que se pode pensar, as espinhas não são exclusivas dos adolescentes; muitos adultos também lutam contra elas. Independentemente da idade, as consequências psicológicas podem ser sérias, levando à perda de autoconfiança, isolamento social e até depressão.
A acne pode minar a autoconfiança, levando os afetados a se sentirem inseguros e envergonhados de sua aparência. Este impacto psicológico pode ser tão profundo que muitos evitam situações sociais ou relacionamentos românticos. A vergonha associada à acne pode até levar ao isolamento social, à medida que os indivíduos se afastam de interações sociais devido à preocupação com sua aparência.
É crucial desmistificar o estigma de que a acne está relacionada à falta de higiene; na verdade, fatores genéticos desempenham um papel significativo em sua ocorrência. Além disso, há uma forte ligação entre acne e depressão, com evidências sugerindo que pessoas com acne têm maior probabilidade de desenvolver depressão.
O tratamento da acne vai além dos cuidados dermatológicos; pode exigir intervenção psicológica, especialmente em casos graves. A isotretinoína é uma opção de tratamento, mas requer acompanhamento médico e psicológico devido aos seus potenciais efeitos colaterais e impactos emocionais.
Para aqueles cuja saúde mental está sendo afetada pela acne, é fundamental buscar ajuda médica e psicológica. O tratamento pode envolver uma variedade de abordagens, desde medicamentos tópicos até terapias orais, e enfatiza a importância da alimentação saudável e do manejo do estresse.
Enquanto o processo de encontrar o tratamento adequado pode ser demorado, é importante manter a paciência e a persistência, lembrando-se de que a acne não define a identidade de uma pessoa. Se as espinhas estiverem interferindo nas atividades diárias ou provocando sintomas de depressão, é essencial procurar a orientação de um terapeuta para desenvolver estratégias de enfrentamento e apoio emocional durante o tratamento.
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