Exame de ultrassom pode detectar risco de parto prematuro
Um estudo conduzido na Universidade de Illinois Chicago, nos Estados Unidos, sugere que exames de ultrassom capazes de detectar alterações “microestruturais” no colo do útero de uma mulher podem indicar um maior risco de parto prematuro.
Os exames foram realizados já na 23ª semana de gestação e têm o potencial de auxiliar na avaliação dos riscos de parto prematuro, mesmo em gestantes primíparas.
Historicamente, a única pista sobre o risco de parto prematuro tem sido o histórico de partos anteriores da mulher. Isso implica que médicos não podem prever tal situação em mães de primeira viagem.
A equipe da Universidade de Illinois Chicago tem se dedicado por anos ao aprimoramento de tecnologias de ultrassom, buscando identificar sinais de que uma gestante pode não chegar ao termo esperado. O método de exame empregado no novo estudo é conhecido como “ultrassom quantitativo”.
Ao invés de depender exclusivamente de imagens visuais, os médicos também utilizam dados de radiofrequência obtidos no ultrassom para avaliar a densidade de diferentes tecidos.
Os pesquisadores analisaram a gestação de 429 mulheres que deram à luz sem indução. Utilizando o ultrassom quantitativo para detectar alterações microestruturais no tecido cervical, descobriram que esses exames foram eficazes na previsão de quais mães de primeira viagem teriam ou não parto prematuro. A eficácia foi ainda maior entre aquelas que já haviam tido filhos.
A combinação dos dados do ultrassom com qualquer histórico anterior de parto prematuro se mostrou mais eficaz na previsão de um nascimento prematuro subsequente do que o uso isolado de cada medida.
Conforme os pesquisadores, se os médicos pudessem identificar, já na 23ª semana de gestação, uma maior probabilidade de parto prematuro, poderiam agendar consultas mais frequentes para monitorar a saúde do feto.
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