O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou que a deputada federal Rosangela Moro (União Brasil) reembolse mais de 28 mil reais gastos em voos considerados irregulares durante sua campanha para a Câmara em 2022.

A decisão da Corte Eleitoral paulista foi baseada na percepção de que as viagens realizadas pela então candidata entre São Paulo, onde foi eleita, e Curitiba, sua cidade anterior de residência, não foram adequadamente justificadas.

Após examinar a prestação de contas da parlamentar, os juízes constataram que Rosangela não conseguiu comprovar a finalidade desses deslocamentos e, portanto, será obrigada a reembolsar à União os valores utilizados de forma irregular.

Em sua defesa, a deputada alegou que as viagens a Curitiba tinham como propósito a produção de material eleitoral em colaboração com seu esposo, o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), que na época concorria ao cargo de senador pelo Paraná, após não conseguir alterar seu domicílio eleitoral para São Paulo.

Contudo, ao proferir a decisão, o TRE de São Paulo declarou que não houve comprovação da realização de gravações de campanha na capital paranaense na data das viagens, o que reforçou a irregularidade das viagens da então candidata. “A despeito das alegações da candidata, não houve evidência da realização de gravação na cidade de Curitiba na data da viagem”, afirmou a Corte.

Rosangela interpôs recurso contra a sentença na última quarta-feira. Além dessa ação para aprovação dos gastos eleitorais dos parlamentares eleitos, ela também está sendo alvo de outra ação judicial que investiga sua mudança de domicílio eleitoral de São Paulo para o Paraná, uma movimentação questionada pelo PT.

Essa mudança de endereço foi interpretada como uma estratégia do casal para que Rosangela possa concorrer à vaga do marido, caso Moro seja cassado pela Justiça Eleitoral. O julgamento de Moro no TRE-PR está agendado para o dia 1º de abril.

Fonte: Carta Capital