O Banco Central (BC) anunciou hoje que ainda existem R$ 7,97 bilhões em recursos não resgatados pelos brasileiros até o final de janeiro. Até o momento, o Sistema de Valores a Receber (SVR) restituiu R$ 5,99 bilhões, de um total de R$ 13,33 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de atraso. Até o final de janeiro, 18.513.533 correntistas haviam resgatado seus valores, representando apenas 29,73% do total de 62.275.604 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Dos que já resgataram valores, 17.564.553 são pessoas físicas e 948.980 são pessoas jurídicas. Enquanto isso, 40.613.723 pessoas físicas e 3.148.348 pessoas jurídicas ainda não realizaram o resgate.

A maioria dos valores não resgatados corresponde a pequenas quantias. Cerca de 63,47% dos beneficiários têm direito a receber até R$ 10, enquanto 25,15% possuem valores entre R$ 10,01 e R$ 100. Os valores entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,63% dos clientes, e apenas 1,75% têm direito a valores superiores a R$ 1 mil.

Após um ano fora de operação, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um sistema de agendamento renovado e a opção de resgate de valores de pessoas falecidas. Em janeiro, foram retirados R$ 243 milhões, um aumento em relação ao mês anterior, quando foram resgatados R$ 193 milhões.

Golpes

O Banco Central alerta os correntistas sobre possíveis golpes de estelionatários que alegam intermediar supostos resgates de valores esquecidos. Todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, e o BC não envia links nem entra em contato para tratar de valores a serem recebidos ou para confirmar dados pessoais.

O BC enfatiza que apenas a instituição financeira listada na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão e solicita que nenhum cidadão forneça senhas. Além disso, esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de solicitação.