Mabel anuncia parceria com forças policiais para melhorar a segurança de Goiânia
Por iniciativa do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, representantes das forças de segurança da União, do Estado e do Município de Goiânia firmaram uma parceria na tarde desta terça-feira (28/1) para o compartilhamento de informações e recursos, com foco em tecnologia e inteligência. As ações começaram imediatamente, com a disponibilização de um banco de dados e de um software de reconhecimento facial adquirido pelo Governo de Goiás por R$ 25 milhões. Mabel anunciou que o centro de monitoramento da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM) será transferido para o da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), que possui infraestrutura mais avançada. Além disso, haverá reforço no videomonitoramento em toda a região.
“A Prefeitura de Goiânia segue o exemplo do estado. Queremos tornar Goiânia e a região metropolitana as mais seguras do país”, declarou Mabel. A reunião, realizada no Paço Municipal, contou com a presença de representantes das secretarias de Segurança Pública e Geral de Governo, das Polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal, Penal, da GCM e das secretarias municipais de Governo, de Inovação e Transformação Digital e da Procuradoria-Geral do Município (PGM), além da vice-prefeita, Coronel Cláudia Lira. “Estamos unindo todas as forças para utilizar o que já temos, compartilhando informações entre si”, explicou Mabel. A Prefeitura de Goiânia também buscará celebrar um convênio para compartilhar imagens de mais de 3 mil câmeras particulares.
Mabel destacou que o objetivo é otimizar recursos, utilizando de forma compartilhada o que já está disponível. Ele citou como exemplo a instalação de 400 novos radares pela cidade e a implementação de câmeras de identificação de placas em semáforos. “Todos já fazem um bom trabalho, muitos já estão integrados, mas queremos integrar todos”, afirmou o prefeito, mencionando o extenso banco de dados da Polícia Federal. “Temos também a rede de transporte controlada pelo Governo do Estado, que inclui câmeras em vários pontos. Com isso, criaremos uma cidade onde criminosos não terão onde se esconder. Vamos construir uma muralha eletrônica”, propôs.
Adriano Rocha Lima, secretário Geral de Governo, ressaltou que o conceito de região metropolitana facilita essa integração. “Vamos trabalhar em conjunto, compartilhando dados de câmeras. Com um volume tão grande de imagens, precisamos de softwares de inteligência artificial, e Goiás é referência nacional nessa área”, afirmou. “Estamos unindo forças que já atuam isoladamente para evitar duplicação de investimentos e maximizar os resultados para a população”, explicou.
Rocha Lima lembrou que o Governo de Goiás investiu R$ 25 milhões em um software de reconhecimento facial e, recentemente, publicou um edital para uma rede de fibra ótica orçada em R$ 490 milhões. “Estamos investindo em câmeras em várias cidades, modernizando o centro de operações em parceria com a SSP. Agora, queremos nos integrar à iniciativa do prefeito Sandro Mabel. Acredito que essa é a forma mais eficaz de resolver os problemas rapidamente”, avaliou.
Avanço
Gustavo Toledo, comandante da GCM, classificou a iniciativa como um grande avanço. “Já temos um banco de dados robusto e nossa central de monitoramento. Agora, vamos compartilhar com o Estado para agir em tempo real e tornar Goiânia a capital mais segura do país”, afirmou.
Raul Alexandre Marques de Souza, delegado da Polícia Federal, confirmou que a PF pretende colaborar com essas iniciativas municipais e estaduais de segurança pública. “A ideia é oferecer nossos bancos de dados, recursos de informações federais e até internacionais, como o Banco Cidade Interpol, em prol da segurança regional”, disse o delegado, acrescentando que essas parcerias serão formalizadas por meio de acordos e convênios.
Tiago Queiroz, superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Goiás, destacou que o projeto do prefeito Mabel visa criar um verdadeiro hub de informações em Goiânia. “Não adianta ter um banco de dados e um sistema de videomonitoramento se não houver rastreabilidade. Precisamos identificar traficantes, carros roubados e foragidos da justiça”, exemplificou. Ele ressaltou que a PRF contribuirá com a rastreabilidade de pessoas identificadas pelo sistema de videomonitoramento.
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