Cheque representa 0,5% das operações financeiras de pagamento no país

O uso de cheques representa atualmente apenas 0,5% dos meios de pagamento no Brasil, embora não haja previsão para sua extinção. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o número de cheques caiu 18% no ano passado, com uma redução acumulada de 96% desde 1995.

Em 2024, os brasileiros usaram 137,6 milhões de cheques, totalizando R$ 523,19 bilhões em transações. Desde 1995, foram compensados 3,3 bilhões de cheques, segundo dados do Serviço de Compensação de Cheques (Compe).

Apesar da digitalização crescente, o cheque ainda é bastante utilizado no Brasil. A resistência de alguns clientes aos meios digitais, o uso por comércios que não aceitam outras formas de pagamento, e a utilização como caução para compras são alguns dos motivos que explicam sua permanência. “O cheque ainda é utilizado para transações de maior valor, enquanto o Pix domina as transações do dia a dia”, explica Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.

Apesar da queda no uso, a Febraban afirma que não há previsão legal ou regulatória para a eliminação do cheque. Embora a resistência ao digital seja um fator, o avanço dos canais digitais e do Pix tem tornado o cheque um meio de pagamento mais caro e complexo.

Embora não existam estudos específicos sobre os perfis dos usuários de cheques, a Febraban descarta a possibilidade de um retorno significativo dessa forma de pagamento, destacando que os métodos digitais são menos suscetíveis a fraudes. “Os métodos de transações digitais exigem múltiplos fatores de autenticação, enquanto o cheque depende apenas da análise da assinatura”, conclui a instituição.

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