Ansiedade pode ter predisposição genética

Pesquisadores da Universidade de Yale identificaram mais de 100 genes associados à ansiedade, abrindo novas perspectivas para o tratamento desse transtorno. O estudo, publicado na revista Nature Genetics, analisou o perfil genético de mais de 1 milhão de pessoas ao redor do mundo, revelando a complexa relação entre diversos genes e o desenvolvimento de sintomas e distúrbios de ansiedade.

A ansiedade afeta milhões de indivíduos, prejudicando a qualidade de vida. Entender a predisposição genética para esse transtorno pode trazer avanços significativos no desenvolvimento de terapias mais eficazes. Segundo os pesquisadores, esse estudo mostra como diferentes genes atuam em diversas funções cerebrais, definindo o risco genético individual para a ansiedade.

Além disso, a pesquisa descobriu que alguns genes relacionados à ansiedade também estão envolvidos em outras doenças mentais, como depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar. Essa sobreposição genética sugere que esses transtornos podem compartilhar mecanismos moleculares semelhantes, ajudando a explicar a alta comorbidade entre ansiedade e outras condições de saúde mental.

Curiosamente, o estudo também revelou que a predisposição genética para a ansiedade está ligada a problemas de saúde física, como distúrbios gastrointestinais e condições associadas à dor. Isso reforça a ideia de que a ansiedade pode estar interconectada com uma série de condições físicas, ampliando o impacto do transtorno.

Outro ponto importante da pesquisa foi a inclusão de participantes de cinco diferentes ascendências. Esse enfoque permitiu uma compreensão mais abrangente da arquitetura genética da ansiedade, ressaltando a importância da diversidade em estudos genéticos.

Essas descobertas oferecem uma base promissora para futuros tratamentos e destacam a relevância de estudos genéticos em larga escala para entender melhor os transtornos de ansiedade.

Fonte: Nature Genetics. DOI: 10.1038/s41588-024-01908-2.

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