Tocantinense é considerado foragido por desvio de R$ 10 milhões na Secretaria Municipal de Goiânia

O gurupiense e ex-secretário de executivo da Saúde de Goiânia, Quesede Ayres Henrique, e o ex-secretário da pasta, Wilson Pollara, foram alvos de mandados de prisão e são considerados foragidos em operação que investiga desvio de R$ 10 milhões na Saúde de Goiânia, conforme informou o delegado Francisco Lipari em coletiva.

A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta terça-feira (17/12), uma operação que mira um esquema de desvio de R$ 10 milhões na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia. Entre os principais alvos estão o ex-secretário executivo de Saúde, Quesede Ayres Henrique, e o ex-secretário de Saúde, Wilson Modesto Pollara.

Defesas

Os advogados de ambos os investigados se manifestaram por nota:

Marcus Teles, advogado de Quesede Ayres Henrique, afirmou que ainda não teve acesso aos autos e que a defesa se manifestará assim que analisar o processo. “Ressalta, ainda, que confia na lisura das apurações, colocando-se à disposição para o devido e oportuno esclarecimento dos fatos.” Questionado se o cliente pretende se entregar, o advogado não respondeu.

Thiago Peres, que defende Wilson Pollara, informou que o ex-secretário está em São Paulo desde a semana passada para realizar consultas médicas e iniciar o tratamento para um câncer no rim, diagnosticado no início deste mês. “A defesa informa, ainda, que não teve acesso aos autos e irá se manifestar tão logo disponha da íntegra do processo.”

A operação

Denominada Speedy Cash, a operação da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR) investiga um grupo suspeito de fraudar convênios firmados entre a SMS e uma empresa prestadora de serviços. Segundo a Polícia Civil, as fraudes foram realizadas com a participação de uma associação criminosa, gerando um prejuízo estimado em R$ 10 milhões aos cofres públicos.

Durante a operação, foram cumpridos 5 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão, em Goiânia e Anápolis. A ação busca reunir provas e desarticular o esquema, além de responsabilizar os envolvidos.

Notas da Prefeitura e da SMS

Em nota, a Prefeitura de Goiânia destacou que está colaborando com as investigações. “A administração municipal reforça o compromisso com a transparência e a lisura na gestão pública, garantindo que todas as informações e documentos solicitados estão sendo fornecidos para esclarecer os fatos”, afirmou.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também informou que está cooperando integralmente com as autoridades e adotando todas as medidas administrativas cabíveis.

Contexto e investigação

O esquema teria ocorrido por meio de pagamentos fraudulentos, envolvendo desvios de recursos destinados à saúde pública. A operação visa identificar todos os participantes e garantir a recuperação de parte dos valores desviados.

A Polícia Civil segue investigando o caso e tenta localizar Quesede Ayres Henrique e Wilson Pollara, que ainda não se apresentaram às autoridades.

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