Intersexo: entenda a condição da atleta Imane Khelif

Durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, a condição da atleta Imane Khelif, da Argélia, tem despertado a atenção dos espectadores. Durante o confronto no boxe, a italiana Angela Carini desistiu com menos de 50 segundos de luta. Isso chamou a atenção para o fato de Khelif ser uma pessoa intergênero.

Nas redes sociais se espalhou que Khelif, que disputa uma medalha no boxe, é na verdade transgênero, que é quando uma pessoa não se identifica com o sexo biológico de nascimento, e passa por um processo hormonal para se adequar ao gênero com o qual se identifica. Diversos posts têm dito que ela nasceu homem, mas passou pela transição e hoje se apresenta como mulher.

A verdade é que a boxeadora nasceu com a condição antes chamada de “hermafroditismo”, termo pejorativo que deixou de ser utilizado por reforçar estereótipos negativos. Ela tem órgãos genitais femininos, contudo, tem cromossomos sexuais XY, que determinam o sexo masculino, além de níveis de testosterona compatíveis com homens.

Em nota, o Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou que “toda pessoa tem o direito de praticar esportes sem discriminação”, afirmou que “as duas atletas têm participado em competições internacionais de boxe por muitos anos na categoria feminina” e classificou como “enganosas” publicações questionando a legitimidade de Khelif.

Em entrevistas, Carini declarou não declinou da luta pela condição de Khelif, mas por causa das dores que estava sentindo no nariz.

Fonte: Equipe Editorial Bibliomed

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