Agrotóxicos estão associados a maior risco de doença de Parkinson

Pesticidas e herbicidas utilizados na agricultura parecem aumentar o risco de desenvolvimento da doença de Parkinson, segundo um estudo preliminar realizado no Barrow Neurological Institute, nos Estados Unidos.

A doença de Parkinson é uma condição degenerativa progressiva do sistema nervoso, onde os pacientes gradualmente perdem o controle sobre o corpo, apresentando tremores, rigidez nas pernas e dificuldades de marcha e equilíbrio.

No estudo, os pesquisadores analisaram registros de 21,5 milhões de pessoas inscritas no Medicare em 2009 para determinar a taxa de Parkinson em diferentes regiões dos EUA. Eles buscaram uma possível correlação entre essas taxas e o uso de 65 pesticidas distintos.

Os pesticidas e herbicidas simazina, atrazina e lindano apresentaram a relação mais forte com a doença de Parkinson. As pessoas que residiam em condados com maior uso agrícola do herbicida simazina tinham 36% mais probabilidade de desenvolver Parkinson comparadas àquelas em condados com menor uso.

O herbicida atrazina foi associado a um aumento de 31% na probabilidade de Parkinson em condados com maior uso, enquanto o inseticida lindano foi relacionado a um risco 25% maior. Esse risco permaneceu elevado mesmo após os pesquisadores ajustarem outros fatores de risco para Parkinson, como a exposição à poluição do ar.

Fonte: Reunião Anual da American Academy of Neurology 2024.

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