Robert Pickton, um dos mais notórios assassinos em série do Canadá, morreu na sexta-feira (31/5) após ser atacado por outro detento duas semanas antes. Pickton, de 74 anos, cumpria prisão perpétua e foi atingido na cabeça por um cabo de vassoura quebrado no dia 19 de maio, enquanto estava na unidade de intervenção segregada da prisão de segurança máxima Port-Cartier. Um preso de 51 anos, cuja identidade não foi revelada, está sob custódia pelo ataque, informou o porta-voz da polícia, Hugues Beaulieu.

Cynthia Cardinal, irmã de uma das vítimas de Pickton, comemorou a morte dele, dizendo que isso traz um senso de encerramento. “Isso vai trazer cura, não direi para todas as famílias, direi apenas para a maioria das famílias”, declarou ao “NY Post”. “Eu estou tipo ‘Uau, finalmente’. Posso realmente seguir em frente e me curar, e posso deixar isso para trás”, completou ela.

O motivo pelo qual o detento atacou Pickton não está claro, mas o agressor já havia sido colocado em confinamento solitário por agressões anteriores a outros presos.

Pickton foi condenado em 2007 pelo assassinato de mulheres viciadas em drogas e prostitutas em sua fazenda de porcos em Port Coquitlam, Colúmbia Britânica. Durante sua prisão, escreveu um livro de memórias que revoltou os parentes das vítimas.

Os investigadores encontraram restos mortais de seis mulheres identificadas – Georgina Papin, Sereena Abotsway, Mona Wilson, Andrea Joesbury, Brenda Ann Wolfe e Marnie Frey – que foram mortas e esquartejadas por Pickton entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000. Restos ou DNA de outras 33 mulheres foram encontrados na fazenda, mas sem identificação. Pickton havia se gabado para um policial disfarçado de ter matado 49 mulheres.

Pickton admitiu ter estrangulado suas vítimas e alimentado seus restos mortais aos porcos, o que levou as autoridades de saúde a emitirem um alerta sobre carne contaminada para os vizinhos que poderiam ter comprado produtos da fazenda de Pickton.