Homem cria empresa falsa para atrair modelos e apalpá-las como parte de ‘pesquisa’
Connor Morris, de 26 anos, foi sentenciado a três anos de prisão nesta semana por estabelecer uma empresa de pesquisa falsa no Reino Unido com o intuito de atrair modelos e abusar delas.
A empresa, denominada Centurion Solutions, contava com funcionários fictícios. Connor alugou instalações com altos custos financeiros no Branksome Consulting Center, em Poole (Dorset, Inglaterra), para perpetrar seu esquema nefasto. Por meio de anúncios no Facebook e no Snapchat, ele atraiu pelo menos sete vítimas, todas mulheres entre 18 e 30 anos, para o espaço de trabalho alugado. O falso empresário oferecia pagamento de 150 libras (cerca de R$ 950) para que as mulheres participassem de “pesquisas” em nome de empresas conhecidas como Asos, Boohoo e Love Honey.
Além disso, o criminoso propunha um adicional de 50 libras (R$ 315) se as modelos aceitassem uma “análise muscular” — uma artimanha que possibilitava a Connor apalpar os seios e as nádegas das vítimas, conforme relatado pelo “Daily Mail”.
Connor, que trabalhava como salva-vidas em um centro de lazer, também instalou câmeras ocultas para filmar as modelos nuas.
O esquema foi desmascarado quando duas vítimas, ao trocarem informações após as “análises musculares”, concordaram que a experiência havia sido “muito estranha”. Elas decidiram então procurar a polícia.
Após investigação, sete vítimas de abuso por parte de Connor foram identificadas. Os crimes ocorreram entre junho e julho de 2020, durante a pandemia de Covid-19. Inicialmente, ele negou ter obtido qualquer gratificação sexual do processo, insistindo que se tratava apenas de uma pesquisa de mercado. No entanto, posteriormente, ele admitiu os crimes de agressão sexual e voyeurismo.
“Ele violou nossos corpos. Ele é desprezível. A sentença é absolutamente repugnante, e ele sairá da prisão em menos de dois anos. Que tipo de mensagem isso envia sobre a agressão sexual contra várias mulheres?”, protestou uma das vítimas.
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