A questão da dor durante a relação sexual ainda é um tema subdiscutido na esfera pública e frequentemente mal compreendido por muitas pessoas. Infelizmente, tanto as próprias mulheres quanto os profissionais de saúde tendem a negligenciar esse problema.

Conforme revelado por uma pesquisa do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5), 15% da população feminina relataram experienciar dores recorrentes durante o sexo. Além disso, um estudo conduzido por Carmita Abdo, uma psiquiatra brasileira e renomada especialista em sexualidade, demonstrou que 18% das mulheres no Brasil sofrem com dor durante a relação.

As causas desse problema são variadas e incluem desde experiências de abuso até alterações hormonais decorrentes de situações como o pós-parto e a menopausa, bem como alterações anatômicas ou tratamentos de câncer que afetam o fundo do canal vaginal.

A boa notícia é que o vaginismo, condição caracterizada pela contração involuntária dos músculos vaginais que causa dor durante a penetração, é passível de tratamento. Se você enfrenta essa dificuldade, é fundamental buscar ajuda profissional. Idealmente, o caso deve ser abordado por uma equipe multidisciplinar composta por ginecologistas, psicólogos e fisioterapeutas.

A fisioterapia pélvica se mostra uma aliada valiosa para que o sexo seja uma experiência prazerosa, saudável e livre de dor. São numerosos os relatos de cura e de uma nova qualidade de vida após o tratamento adequado.