IBGE: rendimentos de mulheres em 2023 é 20% menor que o dos homens

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua referentes ao quarto trimestre de 2023, revelando que as disparidades salariais entre homens e mulheres persistem no mercado de trabalho brasileiro.

De acordo com os dados, as trabalhadoras brasileiras registraram um rendimento médio real de R$ 2.562 no trabalho principal, enquanto os homens alcançaram R$ 3.233, representando uma diferença de 20,8%. Apesar da expressiva desigualdade, observou-se uma leve redução em comparação com o mesmo período de 2022, quando a disparidade salarial era de 22,3%.

Vale destacar que desde 2023 está em vigor a Lei 14.611/2023, assegurando a igualdade salarial e critérios de remuneração entre trabalhadoras e trabalhadores, com a devida informação transmitida ao eSocial.

Rendimento médio da população

A pesquisa também revela que o rendimento médio real de todos os trabalhos no país foi de R$ 3.032 ao final de 2023, mantendo-se praticamente estável em relação ao trimestre anterior. Entretanto, comparado ao mesmo período de 2022, houve um crescimento de 3,1%. A série histórica iniciada em 2012 indica que o ponto máximo foi alcançado no terceiro trimestre de 2020, atingindo R$ 3.169, enquanto o mínimo foi registrado no quarto trimestre de 2021, com R$ 2.715.

Em relação às regiões do país, somente o Norte apresentou crescimento no rendimento médio no quarto trimestre de 2023, enquanto as demais permaneceram estáveis em comparação com o trimestre anterior. Comparado ao mesmo período de 2022, o rendimento médio cresceu no Norte, Nordeste e Sudeste, com as outras regiões mantendo-se estáveis.

A massa de rendimento de todos os trabalhadores teve um aumento significativo, chegando a R$ 301,6 bilhões, representando um acréscimo de R$ 14,4 bilhões em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Esse valor reflete o montante disponível para movimentar a economia, abrangendo gastos com consumo, impostos, dívidas e poupança.

Apesar do aumento geral na população ocupada, a desocupação persiste como um desafio. No quarto trimestre de 2023, quase metade da população desocupada (46,5%) buscava emprego há um mês a um ano, enquanto cerca de 22,3% estavam desempregados há dois anos ou mais. Esses dados evidenciam a necessidade contínua de políticas públicas e ações para promover a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho.

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