Uma pesquisa abrangente investigou a relação entre infarto do miocárdio (IM) e cognição, imediatamente após o evento e nos anos subsequentes. O estudo, com uma coorte de 30.465 adultos sem histórico de IM, acidente vascular cerebral (AVC) ou demência, revelou resultados intrigantes.

Os pesquisadores constataram que, globalmente, não houve associação entre IM e diminuição aguda na cognição, memória ou função executiva no momento do evento em comparação com aqueles sem IM. No entanto, ao analisar os anos após o evento, observou-se um declínio significativamente mais rápido na cognição, memória e função executiva em adultos que haviam sofrido um IM em comparação com aqueles sem histórico dessa condição.

Essas descobertas sugerem que a prevenção de ataques cardíacos pode ser crucial não apenas para a saúde cardíaca, mas também para a saúde cerebral a longo prazo. Embora o impacto agudo de um infarto do miocárdio na cognição possa ser limitado, a pesquisa destaca os efeitos prejudiciais a longo prazo sobre as funções cognitivas.

O estudo envolveu uma análise de dados de várias coortes populacionais nos Estados Unidos, e os resultados alertam para a importância de abordar fatores de risco cardiovasculares para proteger tanto o coração quanto o cérebro.

Mais pesquisas são necessárias para compreender completamente os mecanismos subjacentes a essa relação e desenvolver estratégias de prevenção mais eficazes para manter a saúde cognitiva em pessoas que vivenciaram um infarto do miocárdio.