Brasil é o 2º país com mais casos de hanseníase no mundo
Estamos no Janeiro Roxo, período de conscientização sobre a hanseníase – uma doença contagiosa que afeta principalmente a pele e os nervos, caracterizada por pequenas manchas brancas ou avermelhadas. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ela atinge a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos.
A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma das doenças mais antigas da história da humanidade. Desde 2016, o Ministério da Saúde reserva o último domingo de janeiro para promover a conscientização e prevenção da doença.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país com maior incidência de casos no mundo, ficando atrás apenas da Índia. Em 2023, a doença afetou mais de 19 mil pessoas em todo o país, um aumento de 5% em relação aos casos registrados em 2022.
“A hanseníase é uma doença séria que requer cuidados, mas é tratável e o tratamento é oferecido pelo SUS. É importante notar que nem todas as pessoas expostas à bactéria desenvolvem sintomas da doença, e ela possui um longo período de incubação, podendo levar anos”, explica a dermatologista Dra. Ana Carolina Sumam.
Sintomas e transmissão da hanseníase
Além das manchas brancas e avermelhadas, outros sintomas incluem sensação de formigamento, dormência nas extremidades, perda de sensibilidade ao calor e ao frio, fraqueza muscular e caroços e placas em qualquer parte do corpo. A transmissão ocorre através do contato direto com as gotículas de saliva de um indivíduo infectado.
“A hanseníase é transmitida principalmente por contato prolongado e próximo com um indivíduo infectado e não tratado. No entanto, a doença tem baixa contagiosidade, e a maioria das pessoas expostas não desenvolve a condição, muitas vezes devido à resistência natural. O tratamento eficaz reduz significativamente a transmissão”, afirma a dermatologista Dra. Michele Kreuz, especialista médica pela Universidade Luterana do Brasil.
Portanto, é fundamental ressaltar que, com o tratamento adequado, a pessoa se torna não contagiosa rapidamente, enfatiza Michele.
Comments