Pessoas usam emojis para demonstrar e esconder sentimentos
As normas geralmente delineiam expressões faciais socialmente aceitáveis em determinadas situações. Contudo, gerenciar emoções para se adequar socialmente pode, por vezes, resultar em impactos psicológicos adversos. Embora as regras de exibição possam fomentar a harmonia interpessoal, também podem acarretar consequências negativas para aqueles que optam por modificar a maneira como expressam emoções.
Considerando que, nos dias de hoje, as pessoas dependem dos emojis para expressar emoções online, um estudo recente buscou (1) identificar se existem normas de exibição nas comunicações com emojis e (2) explorar como a gestão emocional por meio de emojis está relacionada ao bem-estar psicológico. Com o aumento das interações sociais online, os pesquisadores estão investigando como os emojis são utilizados para refletir nossas emoções em diversos contextos. Surgem questionamentos sobre a existência de normas de exibição aplicáveis aos emojis e como elas influenciam o bem-estar das pessoas.
O estudo envolveu 1.289 participantes, todos usuários do teclado emoji mais baixado no Japão, o Simeji. O objetivo era examinar como os emojis eram empregados para expressar ou dissimular emoções. Embora pesquisas anteriores tenham estabelecido que as pessoas utilizam emojis como equivalentes funcionais de expressões faciais, não se tinha uma compreensão clara das relações entre as emoções expressas e as experienciadas.
As normas de exibição podem ser problemáticas quando há uma grande discrepância entre as emoções vivenciadas e as que se podem expressar, resultando, em alguns casos, em exaustão emocional, que pode ser experimentada de maneira distinta em diferentes culturas.
As normas de exibição afetam mais as emoções negativas, frequentemente consideradas menos apropriadas para expressar. A aceitabilidade de expressar emoções varia com base na proximidade do relacionamento e pode ser influenciada por normas de gênero. Em sociedades mais individualistas, é geralmente mais aceitável expressar emoções negativas. Os participantes do estudo forneceram dados demográficos, responderam perguntas sobre seu bem-estar subjetivo, avaliaram a frequência do uso de emojis e reagiram a mensagens com diferentes contextos sociais.
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