Globoplay é condenada por exibir anúncios para assinante premium

O Globoplay, plataforma de streaming da Globo, foi sentenciado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) a pagar uma indenização por danos morais a Igor da Silva Oliveira, ex-assinante do serviço que se sentiu prejudicado ao ser exposto a anúncios antes e durante o consumo de conteúdos.

No processo datado de 21 de novembro, conforme divulgado pelo site Notícias da TV, Igor alega ter cancelado o serviço e solicitado o estorno de seu plano, o qual foi concedido pela empresa. Ele optou por processar a plataforma, que agora deverá compensar o ex-assinante com R$ 2 mil, além do valor pago pela assinatura.

O juiz Gustavo Sauaia Romero Fernandes fundamentou sua decisão utilizando o serviço pago do YouTube: “Simplesmente não faz sentido o Globoplay não ter como impedir a divulgação de publicidade nos conteúdos abertos a todo o público, quando se trata de assinante cujos direitos contratuais, entre outros, incluiriam não estar exposto à perda de tempo consistente nos indesejados anúncios.”

Embora a Globo afirme que não comenta casos judiciais, o Globoplay informa aos assinantes que a exibição de publicidade depende do tipo de vídeo. Em resposta a um cliente através do Reclame Aqui, registrada em abril de 2022, o serviço de streaming destaca:

“Compreendemos que não goste das propagandas, visto que o objetivo é assistir aos nossos conteúdos, mas é uma forma de retribuição aos nossos anunciantes que investem na plataforma e, desta forma, cada vez mais oferecer o melhor àqueles que usufruem do serviço. Um aspecto positivo das propagandas é a possibilidade de anunciar algo útil para quem está assistindo, sendo esta a maneira que o mercado utiliza para promover novos produtos. Os conteúdos abertos (Jornalismo, Esportes, Variedades, Realities, Programação ao vivo, trechos e melhores momentos) possuem propagandas, tanto para assinantes quanto para usuários gratuitos. No entanto, os vídeos exclusivos para assinantes não contêm publicidade.”

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