Um recente estudo financiado pelo governo dos Estados Unidos, como parte da iniciativa Researching Covid to Enhance Recovery dos National Institutes of Health, explorou a relação entre apneia do sono e o risco de desenvolver o chamado Covid longo. Esse termo engloba diversos sintomas que persistem por semanas, meses ou até anos após a infecção inicial por Covid-19. A conexão com a apneia obstrutiva do sono surgiu a partir da análise de registros eletrônicos de saúde de mais de 2,2 milhões de residentes nos EUA que contraíram o vírus.

Os pesquisadores examinaram dados de três redes de pesquisa, RECOVER Enhance Recovery, que incluíam 1,7 milhão de participantes todos testados positivos para Covid-19 entre março de 2020 e fevereiro de 2022. Ao controlar variáveis como gravidade, idade, sexo, raça, etnia e condições médicas subjacentes, descobriram que adultos com apneia obstrutiva do sono no estudo N3C apresentaram 75% mais chances de experienciar Covid longo. No grupo PCORnet, a probabilidade aumentou em 12%.

Além disso, as mulheres no estudo N3C com apneia obstrutiva do sono tinham uma probabilidade 89% maior de desenvolver Covid longo, em comparação com uma chance de 59% para os homens. Esses resultados destacam a importância de considerar a apneia do sono como um fator de risco potencial para complicações prolongadas pós-infecção por Covid-19.

Fonte: SLEEP. DOI: 10.1093/sleep/zsad126.