Em seu depoimento à Polícia Federal (PF) em Brasília, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) refutou a acusação de ter contratado o hacker Walter Delgatti Neto para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça. No mesmo contexto, Zambelli, em suas redes sociais, abordou a investigação que a envolve, negando ter contratado Delgatti para inserir informações falsas no Banco Nacional de Mandados de Prisão do CNJ, incluindo um mandado de prisão falso contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e 11 alvarás de soltura falsos.

O episódio, datado de janeiro deste ano, foi mencionado no depoimento de Delgatti à PF, onde ele alegou que Zambelli pagou R$ 40 mil pela invasão de sites judiciais. Zambelli contrapôs, afirmando ter contratado Delgatti apenas para criar um novo site por R$ 3 mil, enquanto um ex-assessor teria pago R$ 10 mil ao hacker para a suposta compra de garrafas de uísque.

A deputada confirmou ter levado Delgatti a uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a segurança das urnas eletrônicas, inocentando Bolsonaro de qualquer relação com Delgatti. Além disso, Zambelli foi alvo de uma operação da PF de busca e apreensão em agosto deste ano. Walter Delgatti ganhou notoriedade por hackear os celulares de procuradores na operação Lava Jato, conhecida como vaza-jato.

Fonte: Agência Brasil