Estudo aponta que geração Z quer menos sexo em filmes e séries
Em um estudo recente conduzido pela UCLA, foi observado que 47% dos indivíduos da Geração Z consideram cenas de sexo como “desnecessárias” no contexto geral de filmes e séries. Embora esse número possa parecer isolado, ele revela muito mais sobre o estado atual dessa geração do que aparenta.
Hoje em dia, os adolescentes e jovens adultos estão mais expostos ao sexo do que nunca, com fácil acesso pela internet, redes sociais e conversas cotidianas. A proliferação da pornografia na era digital também contribuiu para que essa geração desenvolvesse uma certa dessensibilização em relação à representação social do sexo.
Entretanto, quando uma parcela significativa da Geração Z considera cenas de sexo desnecessárias, surge a questão: o que é realmente necessário na arte?
O sexo faz parte da experiência humana e do dia a dia, assim como muitas outras atividades. Embora não seja estritamente necessário na trama, ele pode ter um papel imagético ao reforçar conexões emocionais, da mesma forma que um beijo, um abraço ou um aperto de mão.
Quando questionado sobre a polêmica das cenas de sexo no cinema serem consideradas desnecessárias, o renomado diretor Paul Verhoeven ofereceu uma resposta que pode ser a síntese perfeita dessa questão: “nada é necessário em um filme”.
Pode-se argumentar que muitos filmes ruins usam cenas de sexo e violência para atrair o público. No entanto, isso não implica que todas as cenas de violência devem ser banidas dos filmes. A reflexão sobre a presença do sexo na arte não tem uma resposta única.
Uma parte significativa da Geração Z está preocupada com a objetificação feminina na mídia, o que é um ponto válido e importante contra a inclusão de certas cenas de sexo. Por outro lado, outra parcela da Geração Z demonstra ser mais conservadora do que o estereótipo de uma geração progressista.
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