Agrodefesa goiana alerta para o fim do vazio sanitário do feijão
Desenvolvido para reduzir possíveis prejuízos causados pela mosca branca nos cultivos do feijão comum, o vazio sanitário do feijão da Região 2 chega ao fim nesta sexta-feira (20/10), em Goiás. No estado, o período de realização do vazio sanitário segue dois prazos diferentes, de acordo com regiões:
- Na região 1, que envolve 80 municípios, o vazio terminou no dia 5 de outubro;
- Na região 2, com a participação de 153 municípios, o vazio termina agora, dia 20 de outubro.
Durante a vigência, que é de 30 dias, as áreas agrícolas devem permanecer sem a presença de plantas de feijoeiro comum, cultivadas ou voluntárias, sendo recomendada a eliminação, por meio de controle químico ou mecânico. A medida fitossanitária é estabelecida por meio da Instrução Normativa nº 05, de 26 de abril de 2018, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). Com o fim do vazio, os produtores podem efetuar o plantio do feijão em todo território goiano.
O calendário de semeadura teve início dia 06/10 para Região 1 e a partir desta sexta-feira (20/10), já é permitido o plantio na Região2, estendendo o calendário até 15/06 e 30/06/2024, respectivamente.
Avaliação do vazio sanitário do feijão
Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, o vazio sanitário apresenta alta eficácia, por ter como fundamento a eliminação da fonte de alimentação e reprodução da mosca branca.
“Em casos nos quais o cultivo continuado produz um grande desequilíbrio com a multiplicação incessante de pragas, como insetos e patógenos, a implantação do vazio sanitário pode oferecer uma alternativa eficaz e benéfica para a produção agrícola do Brasil”, informa. Além disso, ele enfatiza o trabalho da Agrodefesa para atestar a sanidade vegetal na cultura do feijão e em outras culturas agrícolas.
“Os fiscais estaduais agropecuários atuam, em todo o estado, para orientar e esclarecer o produtor e demais profissionais da área sobre a importância da adoção de medidas fitossanitárias que asseguram a defesa agropecuária em Goiás. Com ações, programas e atividades voltadas para a área de sanidade, conseguimos prevenir doenças e pragas, evitar prejuízos econômicos e produzir alimentos e produtos de qualidade para a população. Isso fortalece a nossa agropecuária goiana”, defende.
Mosca branca
Desde a década de 1970, a mosca branca tornou-se, provavelmente, a doença viral mais devastadora do feijoeiro comum. Os danos diretos pelo ataque do inseto são causados pela sucção da seiva da planta e inoculação de toxinas.
Além disso, parte da seiva pode ser excretada na forma de um líquido que favorece o crescimento de fungos que prejudicam a fotossíntese e respiração da planta, provocando assim alterações que levam a redução da produtividade e da qualidade dos grãos.
Mas o principal dano causado pela praga é indireto, por meio da transmissão de viroses como o mosaico dourado do feijoeiro e o carlavírus (Cowpea mild mottle virus). A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, reforça que a mosca branca, como inseto vetor do vírus do mosaico dourado, pode alterar o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo do feijoeiro.
“O resultado disso é a queda na produtividade e na qualidade dos grãos. Por isso, a necessidade do produtor adotar as medidas fitossanitárias estabelecidas pela Agrodefesa em benefício da produção e economia agrícola do Estado”.
Consulte aqui os municipios por região.
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