Apenas com um ano de idade, Ryan Lines, um garotinho australiano, enfrentou a perda de ambas as pernas e parte de seus dedos das mãos devido a uma infecção grave causada pela bactéria Streptococcus.

A história teve início há aproximadamente dez meses, em dezembro de 2022. Nesse dia, Ryan acordou com congestão nasal, e gradualmente, desenvolveu febre e fraqueza, conforme relatado pelo portal “Sepsis Alliance”.

Preocupados com a saúde do filho, a família o levou ao hospital. Inicialmente, os médicos diagnosticaram uma infecção viral e atribuíram os sintomas ao processo de dentição, uma avaliação que acabou por se revelar equivocada. Diante da ausência de melhoras, os pais decidiram retornar à unidade de saúde e solicitar uma bateria adicional de exames.

A partir desse ponto, os eventos se desenrolaram rapidamente. A família foi encaminhada de avião para a cidade mais próxima, onde Ryan receberia atendimento especializado, uma vez que sua condição se deteriorava rapidamente.

Ryan sofreu uma parada cardíaca, e os médicos identificaram a presença da bactéria Streptococcus do grupo A, que geralmente é associada a problemas de garganta e pele. A infecção progrediu para um choque séptico, e devido ao fato de o sangue do menino estar direcionado para reparar os órgãos vitais, seus membros superiores e inferiores foram gravemente afetados. Como resultado, ele perdeu ambas as pernas, as pontas dos dedos das mãos e alguns dedos inteiros.

No entanto, quase um ano após o incidente, a criança está se recuperando bem dentro de suas possibilidades. De acordo com a ABC Broken Hill, a mãe de Ryan, Jess Lines, está auxiliando-o na adaptação ao uso de próteses.

Jess e seus familiares também estão trabalhando para aumentar a conscientização sobre a bactéria. Antes de ser hospitalizado, Ryan já apresentava sintomas da doença, como dores musculares e diminuição na produção de urina, mas na época, eles não tinham como relacionar esses sintomas com a infecção.

“Para mim, é inacreditável pensar que uma simples congestão nasal e dor de garganta evoluíram para algo tão grave”, lamentou Jess.

Na Austrália, estima-se que cerca de 55 mil pessoas são afetadas pela sepse anualmente. Quando não tratada adequadamente, os sintomas podem evoluir para um choque séptico, como ocorreu no caso de Ryan.