Ser antissocial tem a ver com a genética, diz pesquisa
Evitar interações com conhecidos no mercado ou atravessar a rua para evitar cumprimentar alguém são exemplos de comportamento que pode ser considerado anti-social. A genética desempenha um papel significativo em nossa sociabilidade, como revelado por pesquisadores da National University of Singapore, que identificaram dois genes, CD38 e CD157, como determinantes dos níveis de extroversão.
De acordo com o estudo, pessoas com níveis mais elevados de CD38 tendem a ser mais sociáveis devido à quantidade de oxitocina que promove uma maior extroversão. No entanto, mesmo que alguém tenha predisposição genética para ser sociável, viver em meio a muitas pessoas e compromissos nem sempre é vantajoso.
Isso se deve ao “Número Dunbar,” conceito desenvolvido pelo pesquisador e antropólogo britânico Robin Dunbar, que demonstrou que o tamanho do cérebro humano impõe um limite ao tamanho do círculo social, que é cerca de 150 pessoas.
É importante notar que, considerando todas as pessoas com as quais interagimos casualmente, como colegas de trabalho ou companheiros de aula de ioga, é provável que ultrapassemos rapidamente esse número. Ter quase 150 amigos sugere que as conexões podem se tornar mais superficiais, deixando menos espaço para relacionamentos genuínos e profundos.
Embora as redes sociais tenham possibilitado a conexão com um grande número de “amigos,” isso não garante automaticamente uma maior satisfação social. De fato, estudos revelaram que o uso frequente do Facebook pode levar à solidão na vida real, e ter uma rede extensa nas mídias sociais pode afetar negativamente o humor.
É importante lembrar que as amizades e interações nas redes sociais muitas vezes refletem as relações da vida real. Quando se trata de criar e manter relacionamentos próximos, o trabalho de Dunbar sugere que nosso cérebro só pode lidar com cerca de cinco relacionamentos significativos ao mesmo tempo, embora essas pessoas possam mudar ao longo da vida.
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